Finalmente consegui terminar as quatro etapas do poema, como me propus. Não sei se ficou bom ou ruim, no final das contas. Mas é minha produção e eu gostei dela de qualquer jeito...
Corre o tempo, na medida inversa dos meus sonhos e desejos
Se foram os filhos, as farras e o trabalho: estou aposentado
A pele flácida, as rugas, mas a beleza da vida ainda cortejo
O fulgor da alma permanece, apenas num corpo meio arqueado.
São viagens e livros e passeios e festinhas... Ah! E os netos!
Novas emoções que experimento da vida nessa nova etapa
E recordações e memórias do passado - uma ou outra me escapa
Tantas histórias, tantos fatos - me alertam alguns por incorretos.
Se vai o meu amor, minha companheira, e tenho a vida por traiçoeira
Supero. Já superei tanto! Ficam minhas muitas sementes por acalanto
A agitação da juventude dantes, se converte numa vida bem caseira
Mas não reclamo - ao contrário, sou grato por ter vivido tanto.
A visão é turva. Os movimentos lentos. A audição, então, mínima.
É tanto "hein?", "quê?", "como?", que eu mesmo rio desse ser desgastado
Passa mais o tempo, que contemplo numa perspectiva mais e mais íntima
Fecho os olhos. É a última viagem. Até o fim, não sei se estou preparado...
(17 de agosto de 2011)
Cara...gostei! Nunca tinha lido nenhum escrito seu. parabéns!
ResponderExcluirSe puder da uma olhada no blog de cultura Nerd em que as vezes escrevo.
http://nerdetc.blogspot.com/
Paz!
Boa noite, posso copiar um trecho para colocar em um trabalho de graduação?
ResponderExcluirOlá! Claro que pode! Citando a autoria, não há problema. Fiquei curioso sobre o trabalho. Pode me contar mais depois, pra eu entender? Grato! Sucesso!
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