terça-feira, 26 de julho de 2011

QUERO TEU SORRISO DOCE

Fiz outro poema em homenagem ao meu pequeno irmão, Daniel, que passa alguns dias comigo nessa semana, aproveitando o recesso das aulas, já que durante as aulas é sempre corrido e complicado...



Quero teu sorriso doce
Sempre junto a mim
Como se ele no céu fosse
Um lindo sol de brilho sem fim

          Quero a inocência de tua voz
          Um belo canto a cortar o ar
          Como um rio que alcança a foz
          São tuas risadas a me alegrar

Quero tua energia inesgotável
Que suga a minha de tanto brincar
De bola, com bonecos, de correr sem parar
Sempre assim tão inocente e amável

          E depois, no sono, dormir ao teu lado
          E, cansados, sonharmos outra vez brincar
          Entre cometas e estrelas chegarmos a voar
          Com duendes, fadas e dragões alados

Quero-te sempre o meu menino doce
Que ri das bobeiras e das palhaçadas
Que se impressiona com mágicas manjadas
Queria isso, se possível fosse...

(26 de julho de 2011)

domingo, 24 de julho de 2011

SONETO DO AMOR COMO CHUVA

Um soneto em homenagem ao meu amor pela morena mais linda...



Sou eu uma nuvem, cá no céu a te observar
A caminhar tão bela sobre a terra lá embaixo
E grito teu nome e tento te alcançar
Com raios e trovões que lanço abaixo.

Tu me olhas, mas assustada aperta o passo
E te afastas, temerosa, do meu chamado
O que me leva à escuridão, em descompasso
Pelo receio da distância do ser amado.

Então eu choro, um choro de amor sincero
E minhas lágrimas te perseguem do céu à terra
A levar para ti o meu amor com esmero

Verto-me todo, assim, numa chuva que erra
Pelo ar, para junto de ti, a te molhar
Do céu à terra, transformado, para te amar.

(24 de julho de 2011)

sexta-feira, 15 de julho de 2011

LABIRINTO

A vida, ao meu ver, é uma busca por respostas. Na verdade, creio hoje verdadeiramente que essa busca é eterna, pois nós sempre mudamos e, assim, as respostas também mudam. Alguns se acomodam com a última resposta válida. Outros sacodem a poeira e partem para a jornada da busca do novo, incessantemente. Me vejo entre esses últimos. Pensando nisso, escrevi um novo soneto.


Vago perdido num labirinto insano
De paredes móveis e pisos falsos
Errante entre o que penso e o que sinto
Num ritual herético em meu solo profano

E voo assim de mim a mim eternamente
Explorador de um mundo-eu desconhecido
Ora triste, ora apaixonado, ora aflito
Numa busca de mim mesmo intermitente

Caminho, me encontro e paro: medito
Não me reconheço e sigo em frente
E a cada encontrar-me não me acredito

E me vejo a cada vez de mim descrente
Buscando caminhos que não tenha seguido
A perder-me no meu labirinto assim erguido

(14 de julho de 2011)