domingo, 14 de agosto de 2011

POEMA DA VIDA EM QUATRO ATOS (ATO I: NASCIMENTO)

Hoje estou começando uma série de poemas em homenagem ao ciclo da vida. Começo pelo início de tudo...


Entro na vida, acompanhado e só
Começo parado, espremido e molhado
Numa caverna quente e apertada
Mexo, remexo, viro, desviro: nada.


Num belo dia, já sem esperança
Um pequeno clarão se mostra, tímido
Cresce e cresce, mais e mais
E toma a treva e à luz me lança.


Encontro seres grandes a me encarar
Que me viram, reviram, apertam, esfregam
Depois lançam-me sobre outro, desnudo
Mas quente, macio, de olhos doces a me olhar.


O ser então me acaricia, afaga, chora e sussura
Quando já estou bem, sou agarrado, levado dali
Sou observado, remexido, cuidado e admirado
Só então é que percebo o que acontece: nasci.


(14 de agosto de 2011)

Um comentário:

  1. Bom oque posso dizer sobre esse poema, oque realmente sentir oque gostei, na verdade no começo eu gostei muito do conjunto de palavras
    '' Mexo, remexo, viro, desviro '', me deu a impressão que estava-me em uma caverna deitada, mas no final percebi que não que e sim que era um bebe e estava dentro da barriga pronto para nascer assim pude enter todo o poema e o legal e interessante foi reler ele do final ao inicio, posso dizer que gostei muito e interessante e bem elaborado.

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