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Vista da Igreja da Penha à noite |
Que me arrepia a pele e liberta o pensamento,
A admirar a cidade, coberta de um escuro azul,
Fugindo de mim mesmo, às estrelas, por um momento.
Esse vento polar de abril acaricia minha face
E sussura em meus ouvidos uma melodia suave e triste
Que me leva a olhar e pensar sobre tudo que existe
Enquanto uma melancolia me toma o coração, sem disfarce.
Um não-sei-quê de tristeza, de agonia, de saudades
Uma vontade de cruzar o firmamento num instante
E alcançar aquela estrela lá no céu, tão distante,
Em que me espelho: um brilho de vida e possibilidades.
E cá na terra, um mar de estrelas estáticas de bilho falso
A inundar a baixada, e o morro, e o mar, e a Ilha lá ao fundo
Cada uma a guardar outro olhar errante, em pedestal ou cadafalso,
Enquanto segue a vida, em sua marcha infinita, a mudar o mundo.
(07 de abril de 2011)
Michel,
ResponderExcluirNão é triste, nem alegre, nem legal, nem interessante.
Achei bastante nostálgico e lindo! Bem geógrafo observando o mundo por dentro da alma.