quinta-feira, 21 de abril de 2011

DESCONHECIDO

Depois de um bom tempo sem inspiração pra terminar uma poesia que comecei já há um tempinho, finalmente consegui hoje... Não ficou das melhores, mas, em todo caso, é mais um filho que nasce...

Pintura surrealista nº 42 - Vladimir Kush
Dói em meu peito uma dor profana,
Uma angústia profunda do espírito,
Qual incerteza de uma mente insana
E, dentro em minhas trevas, medito.

Tenho em mim as saudades dos séculos
De tudo aquilo que não hei vivido
De tudo que o tempo desfaz em olvido
Como fosse essa vida feita de capítulos.

Sou eu assim um livro folheado ao vento
Com páginas em branco bailando ao léu
Com suas letras perdidas a bailar no céu
Descrevendo em sílabas meu desalento.

Sigo assim, a cada passo, meu caminhar confuso
A perseguir-me no escuro de meu labirinto oculto
E não me reconheço nas trevas, apenas um vulto
A penetrar meu próprio ser, um estranho, um intruso.

(iniciada em 12-jan-2011, terminada em 21-abr-2011)

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