sexta-feira, 15 de julho de 2011

LABIRINTO

A vida, ao meu ver, é uma busca por respostas. Na verdade, creio hoje verdadeiramente que essa busca é eterna, pois nós sempre mudamos e, assim, as respostas também mudam. Alguns se acomodam com a última resposta válida. Outros sacodem a poeira e partem para a jornada da busca do novo, incessantemente. Me vejo entre esses últimos. Pensando nisso, escrevi um novo soneto.


Vago perdido num labirinto insano
De paredes móveis e pisos falsos
Errante entre o que penso e o que sinto
Num ritual herético em meu solo profano

E voo assim de mim a mim eternamente
Explorador de um mundo-eu desconhecido
Ora triste, ora apaixonado, ora aflito
Numa busca de mim mesmo intermitente

Caminho, me encontro e paro: medito
Não me reconheço e sigo em frente
E a cada encontrar-me não me acredito

E me vejo a cada vez de mim descrente
Buscando caminhos que não tenha seguido
A perder-me no meu labirinto assim erguido

(14 de julho de 2011)

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