Por esses dias, conversando com minha mãe ao telefone, ela me contou que meu irmãozinho, Daniel, disse a ela que eu havia deixado meu "cheilinho no tavisselo", e que assim ele podia cheirá-lo, quando tivesse saudades de mim... Fiquei emocionado e fiz o primeiro poema pra ele...
Um cheiro no travesseiro
Deixei de mim para ti
Naquela noite.
E tu aspiras, suspiras
E me inspiras a te amar
Assim tão docemente.
De tão frágil naquele berço,
Junto ao macaco que te vigiava
Noite e dia,
Já agora te vejo tão crescido,
Tão esperto e eloquente,
Ainda junto ao macaco,
A lembrar-me, pelo cheiro,
Num suspiro.
Apesar da distância
Que nos separa forçosamente,
Tenho-te sempre comigo,
Impresso, esculpido em minha mente.
E que o saibas, mesmo sem o saber,
Até que essas palavras tenham efeito:
Teu brilho e teu sorriso,
Trago-os sempre junto ao peito.
(28 de julho de 2010)
Nenhum comentário:
Postar um comentário