sexta-feira, 13 de agosto de 2010

TOLO JARDINEIRO

Estou um tanto triste com os últimos acontecimentos nesse palco efêmero que chamamos vida. Vieram à mente lembranças, saudades, sonhos do passado... Enfim, envolto nessa névoa de sensações e sentimentos, escrevi esse poema que segue...


Explode em meu peito uma paixão incontida
De tudo que já vi, vivi e, mais ainda,
Das coisas que passaram, minha vida infinda
Pela coragem que não tive, pela chance perdida.

Quisera eu retornar aos momentos não finalizados
E arriscar-me, correr perigo, apostar um tanto mais.
Mas hesitei, por não saber não poder voltar atrás,
E extirpei-me tantos sonhos, de minh'alma transplantados.

Hoje, em meu jardim fazem falta tantas flores
Que não brotaram, num solo negro, estranho, de contradição
Enquanto fértil de desejos, estéril por tantas dores.

E segue assim, como que movido por um karma, uma maldição,
Regado por tantas lágrimas, em um gotejar insano, incloncuso,
A observar cada botão que não desabrochou, adormecido, recluso.

(24 de julho de 2010)

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